sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Rascunho: Crônica


O PROBLEMA É CRÔNICA!
Juliane Siqueira

            Sempre que abrimos o jornal, elas estão lá: as crônicas. Então pensamos: É o trabalho dos sonhos. Você acorda de manhã, escreve como está se sentindo, comenta sobre o clima, futebol, aquele cara famoso que foi preso, fala do trânsito que está ficando cada dia mais caótico,... Quando é tempo de política, melhor ainda. Enfim, nunca falta assunto.
            Foi isso que eu sempre pensei. Até que, há cerca de uma semana foi me dada uma tarefa na faculdade. Escreva uma crônica. Simples assim. Pensei: ótimo; amanhã acordo cedo e escrevo a minha crônica. A primeira parte (acordar) correu perfeitamente. Mas quanto à segunda... cadê a ideia? Ok. Tenho tempo, mais tarde a ideia surge.
            Fui trabalhar. Sobre o quê escrevo? Esporte? Clima? Esbocei uma crítica à duplicação da Tupi, que está causando o maior transtorno na cidade. Por que nas crônicas do jornal tudo fica engraçado e, quando eu escrevo parece tão sem graça?
            Passou a primeira semana e eu não tinha achado inspiração para escrever a tal da crônica. Amanhã bem cedo... Depois do café eu vou estar mais inspirada. De hoje não passa... Agora tenho que trabalhar; com certeza algo que acontecer na escola vai me inspirar... Com certeza.
            Hoje é segunda-feira. Estamos na terceira aula e eu estou digitando a crônica para entregar na quarta aula. A inspiração não veio... Nem as palavras engraçadas. Enfim, duas coisas eu aprendi: não vou mais adiar meus trabalhos até a última hora; o trabalho dos cronistas de jornal não é tão fácil quanto parece. As palavras nem sempre surgem do nada na nossa cabeça.

            Já anotei na minha agenda: amanhã mandarei um e-mail ao jornal da cidade, parabenizando os cronistas, pelo belo trabalho que fazem.


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